Setor de games quer investir em assinaturas

05-12-2011 10:15

 


As empresas que atuam na área de games  querem vender assinaturas de seus jogos, substituindo o modelo de compra direta. A iniciativa tem por objetivo manter uma receita mais firme e previsível, que poderá estimular os negócios e proteger o setor contra incertezas econômicas. 

Foi essa a mensagem dos principais executivos da área de games durante evento promovido pela agência Reuters nos EUA. Apesar da projeção de crescimento de 5%, chegando a 67,2 bilhões de dólares em 2012, o mercado de videogames tem registrado queda nas vendas dos principais produtos para consoles. 

Seguindo a mesma linha da TV paga, as empresas tradicionais do segmento estão buscando novas estratégias para convencer usuários a pagarem assinaturas mensais dos jogos. "O ideal é contar com uma receita mensal de assinatura em lugar das compras diretas", disse Brian Farrell, presidente-executivo da THQ. 

O conceito de assinaturas não é totalmente novo nos videogames. Há anos, jogadores vêm desembolsando quantias mensais para jogar "World of Warcraft", da Activision. Na mesma linha, surgiram outros jogos para múltiplos usuários, que podem ser utilizados por milhares de pessoas simultaneamente. Agora, pela primeira vez, essa mesma facilidade está chegando a outros tipos de jogos, como games de combate e de esportes. 

A Activision, por exemplo, revelou um serviço de assinatura anual, ao custo de US$ 50, para a série "Call of Duty". O principal atrativo é a promessa de novos conteúdos de jogo a cada mês. O serviço, chamado "Call of Duty: Elite", já atraiu 1 milhão de assinantes pagantes, desde seu lançamento em 8 de novembro. Algumas semanas antes, a Electronic Arts lançou um programa de assinatura anual de US$ 25, que dá acesso a cinco jogos de esportes e oferece descontos sobre o conteúdo novo.
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