Google quer entrar em sua cabeça e entender como você pensa
O Google apresentou hoje uma enxurrada de novidades feitas para tornar as buscas mais fáceis, velozes e ainda mais intuitivas. Mas qual o real objetivo? Basicamente, entrar na sua cabeça e mudar a forma como você pensa.
Os pesquisadores do Google perceberam que as pessoas estão sempre procurando algo. Sempre. Quando as buscas em desktops caem (durante feriados, fins de semanas ou de noite), mas buscas móveis aumentam consideravelmente. Como disse Amit Singhal, do Google, “a busca por conhecimento não para por que você não está mais na frente do computador”.
Mas o filé mignon ficou para o desktop.
O Google adicionou busca por voz para desktop. E, curiosamente, uma das razões para o lançamento, segundo a gerente de buscas do Google, Johanna Wright, é mostrar para as pessoas que elas podem fazer isso também no smartphone, de qualquer lugar, algo que elas normalmente não lembram. Assim, o novo Google terá um pequeno ícone de microfone do lado da barra de busca, para você soltar a voz.
Ele também estará lá para criar o hábito de busca por voz. Porque se o usuário se acostumar a procurar por voz no desktop, ele será algo cotidiano. E isso eleverá o número de buscas por voz no mundo móvel. Mais buscas por todos os lados. Novamente, trata-se do Google querendo entrar em sua cabeça, tornando-se uma ferramenta natural.
E por último, mas não menos importante, há as Instant Pages. Existem três componentes que consomem tempo em uma busca: o primeiro é o usuário digitando a busca, processo que o Google pretende acelerar com o Google Instant. O segundo é selecionar o resultado, que é a proposta intrínseca do Google, mostrar os resultados mais relevantes no topo, sempre. O terceiro é mais chato: o tempo de carregamento da página.
Novamente, ao acelerar os processos de buscas, o Google busca se engendrar ainda mais em seu pensamento, para que você o use como um reflexo comum, como se fosse uma forma de falar. Pensamentos não esperam. Nem a busca deveria esperar. E como o Google sabe o que provavelmente será relevante para você, ele pode saber um pouquinho como funciona seu jeito de pensar.
E se o Google souber como você pensa, bem, trata-se de algo bem grande, não? Pense bem em como será a publicidade do futuro.
